domingo, 28 de julho de 2013

Yakissoba Vegetariano

Há muitos anos, uma paciente japonesa me ensinou a fazer Yakissoba. Era uma receita bem tradicional e deliciosa, repeti várias vezes e sempre era muito elogiada. A receita original tinha alguns segredinhos, como por exemplo, fritar um fígado de galinha no óleo, até se desmanchar e utilizar esse composto para refogar os demais temperos. Também usava tiras de carne vermelha e de frango e, para completar, tinha também hondashi (molho de peixe) e molho de ostra. Com tudo isso, depois que me tornei vegetariana, minha tradicional receita tornou-se inviável. Depois de alguns testes, acho que reencontrei minha receita, mas em versão vegetariana! Vale a pena experimentar, não fica devendo em nada às receitas tradicionais. Quando for fazê-la, chame os amigos: serve muito bem de 4 a 6 pessoas:


Ingredientes:
- 500 g de macarrão para Yakissoba
- 10 g de sal
- 10 g de alho picado
- 10 g de Aji-no-moto
- 20 ml de óleo de soja + quantidade suficiente para fritar o macarrão
- 10 ml de óleo de gergelim tostado + 20 ml para untar o macarrão
- 500 ml de caldo de legumes
- 60 ml de saquê
- 30 ml de shoyu
- 20 g de maisena
- 40 g de açúcar
- 200 g de vagem picada em pedaços grandes
- 100 g de cebola em tiras ou pétalas
- 100 g de pimentão vermelho
- 100 g de shitake em tiras
- 200 g de shimeji em buquês
- 100 g de couve flor em buquês
- 200 g de brócoli em buquês
- 200 g de cenoura em rodelas diagonais finas
- 200 g de acelga picada em pedaços grandes


Preparo:
Cozinhe o macarrão "al dente" e escorra. Em uma frigideira grande, coloque um pouco de óleo e frite porções de macarrão por alguns minutos, mexendo com uma espátula, retire essa porção e reserve. Repita a operação até fritar todo o macarrão. Feito isso, banhe o macarrão com 20 ml de óleo de gergelim e reserve, mantendo-o aquecido.
Usando essa mesma frigideira, acrescente 20 ml de óleo de soja, frite o alho e vá acrescentando os legumes, refogando-os. Eu costumo acrescentar na sequência: cebolas, pimentão, couve flor, brócoli e cenoura, refogo bem e então acrescento a acelga, o shitake e o shimeji.
Acrescento o saquê, deixo ferver um pouco. Acrescento o sal, o aji-no-moto e o açúcar e por fim, o caldo de legumes e o shoyu. Deixo ferver até os legumes estarem cozidos mas firmes. Dissolvo a maisena em um pouco de água, acrescento ao refogado de legumes e mexo até o molho engrossar - é rápido! Desligue o fogo e acrescente os 10 ml de óleo de gergelim tostado
Para montar o prato, coloque o macarrão em uma travessa e despeje metade do refogado de legumes, misture o macarrão com o refogado e depois despeje o restante por cima. Enfeite com salsinha e cebolinha picadas e sirva!

Observações: 
1- se quiser, pode usar 100 g de moyashi (broto de bambu) no refogado, mas só o acrescente depois de já engrossar o molho com maisena.
2- o caldo de legumes eu faço fervendo 800 ml de água com uma cenoura e uma cebola picadas em pedaços grandes, um talo de salsão picado com as folhas, um pouco de sal marinho e folhas de louro. Deixo ferver até reduzir para 500 ml. Daí é só coar e usar. Se preferir, pode usar caldo pronto, mas não é tão gostoso!

Aprendi um truque para substituir o molho de ostras:
Dissolva um cubo de molho de cogumelo em metade de um copo de água fervente, adicione duas colheres de molho de feijão marrom e uma colher de açúcar orgânico. Deixe ferver. Dissolva uma colher de chá de maisena em um pouquinho de água fria, adicione essa mistura ao molho e mexa até engrossar. É um detalhezinho que faz a diferença. Os ingredientes estranhos citados podem ser encontrados em lojas de produtos orientais.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Apfelstrudel da Walkiria

Um dia desses, publiquei um convite no meu facebook, direcionado às minhas famílias (sim, no plural... a história é longa... tem tempo???). No convite, pedi contribuições de receitas, aquelas favoritas e campeãs de audiência. Logo houve um certo clamor pela tal receita perdida de Apfelstrudel que a Walkiria mandou para a Débora há algum tempo. Por fim, não só a receita foi resgatada como também uma curiosa passagem da nossa infância, e que a Débora nos conta:

"A história é velha! A gente escrevia cartinha, ilustrava e enviava pelo correio com selo e tudo! Como eu já gostava de cozinhar a Wal me mandou a receita no meio das notícias... (Tipo: "Oi Dé, tudo bem? Ovo ,água gelada... e a família, como está? Maçã, canela" Ah! Ah! Ah!). Durante anos, para fazer strudel, eu relia a carta! Até vencer a preguiça e passar a limpo a receita... Como a Wal tem cabelos loiros e origem nórdica , acho que a receita vem da família do tio Otávio! Muito chic!"

Ainda não tive o privilégio de experimentar o Apfelstrudel, mas pelos comentários, deve ficar muito bom! Vou tentar fazer em breve, tanto receita original como uma provável versão vegana.  


PRIMEIRA MASSA:
1 ovo
1 copo de água bem gelada

1 pitada de sal
SEGUNDA MASSA:
3 ½ xícaras (chá) de farinha de trigo
200 grs. de manteiga sem sal bem gelada
1 xícara (chá) de farinha de trigo

RECHEIO:
4 ou 5 maçãs
2 colheres (sopa) de açúcar
1 colher (café) de canela em pó
150 grs. de uva passa
CALDA:
4 colheres (sopa) de açúcar
1 ½ colher (sopa) de água
1 colher (café) de essência de baunilha 

1) Bata no liquidificador o ovo, a água e o sal até formar uma leve espuma. Despeje em uma tigela e acrescente farinha de trigo aos poucos até ficar uma massa que solte da tigela. Abra a massa com um pano de prato enfarinhado no tamanho de 20 cm x 30 cm mais ou menos e deixe descansar.

2) Corte a manteiga gelada dentro da farinha de trigo e mexa para que fique esfarelada como uma farofa. Estenda essa 2ª massa sobre metade da 1ª e dobre-a, fechando bem as beiradas. Abra com o rolo mais duas ou três vezes essa massa. Reparta em duas metades iguais e novamente abra mais duas ou três vezes cada uma delas, sempre dobrando na metade e abrindo novamente.

3) Descasque e pique as maçãs, acrescente o açúcar, a canela e as passas. Misture tudo e espalhe sobre as massas enrolando como um rocambole. Asse em forno quente por 45 minutos.

4) Prepare a calda misturando a água, o açúcar e a baunilha. Leve ao fogo e cozinhe por 3 minutos. Pincele sobre o apfelstrudel já assado.

VARIAÇÃO: se for de seu agrado, acrescente castanhas picadas ao recheio e sobre a calda.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Sopa de Cevadinha

Hoje estava um friozinho bom para uma sopa no jantar, voltando da aula de italiano, parei no mercadinho perto de casa para comprar alguns legumes, já pensando na tal sopa... tinha cevadinha em casa e achei que iria casar bem com abóbora. Não tinha abóbora, mas tinha batata doce e (abóbora) cabotiá. Bom, com meus legumes, fui para casa inventar a receita. Vocês vão ver abaixo que não tem nada de excepcional, mas o que me causou enorme surpresa foi o gostinho de canja de galinha que ficou!!!! Uma coisa eu posso afirmar com 100% de certeza: não tem nem cheiro de qualquer produto de origem animal! Não sei de onde veio o gosto de canja de galinha... enfim, ficou saborosíssima, substanciosa e quentinha!

Ingredientes:
- 3/4 xícara de cevadinha
- 1/2 cebola picada
- 3 cm de talo de alho poró picado em rodelas finas
- 1 cenoura em cubos
- 1 dente de alho picado
- 1 xícara de abóbora cabotiá em cubos pequenos
- 1 xícara de batata doce em cubos pequenos
- sal e pimenta a gosto
- óleo

Preparo: 
Aqueça um pouco de óleo e refogue nele a cebola picada. Quando começar a ficar transparente, acrescente o alho poró e depois o dente de alho picado. Acrescente a cevadinha e deixe dar uma leve fritada. Coloque o sal e adicione água fervente cobrindo a cevadinha (mais ou menos, adicione água até uns 3 cm acima do refogado). Acerte o sal, adicione pimenta (eu uso mix de pimentas trituradas na hora). Diminua o fogo e deixe cozinhar com a panela semi tampada por 15 a 20 minutos ou até a cevadinha estar al dente. Nessa hora, adicione os legumes e deixe cozinhando por mais 15 a 20 minutos ou até a cevadinha estar cozida. Se necessário, adicione mais água fervente.

domingo, 23 de junho de 2013

Bolo de Fubá Cremoso

Comi esse bolo na tia Sonia e, por mais que tentasse fazer em casa, nada de formar a tal camada de creminho! Até que um dia, uma amiga levou um bolo assim no trabalho e ela me explicou como fazer, de um jeito infalível! O segredo era a quantidade de queijo, adicionar uma lata de milho e controlar rigorosamente o tempo de forno. Agora dá certo - o problema é que fica gostoso demais e difícil de resistir!

Ingredientes:
- 3 xícaras de leite
- 3 ovos
- 3 xícaras de açúcar (um absurdo!!!)
- 2 colheres (sopa) de margarina
- 1 xícara de fubá mimoso
- 3 colheres (sopa) de farinha de trigo
- 50 g de queijo parmesão ralado
- 1 colher (sopa) de fermento em pó para bolo
- 1 lata de milho verde escorrido

Preparo:
Bata primeiro o milho no liquidificador e depois acrescente o leite, os ovos e a margarina. Depois adicione o açúcar e os demais ingredientes secos. A textura vai ser bem líquida e parece que não vai dar nada certo. Unte com margarina uma forma retangular de 35 x 25 cm, com ao menos 3 cm de altura, despeje aí a mistura do bolo e leve ao forno pré-aquecido a 180 graus por 35 minutos. A superfície vai estar dourada, não adianta testar se está assado com palito, tem que confiar no tempo de forno e no aspecto da superfície. No máximo, deixe até completar 40 minutos, caso sinta que seu forno não estava na temperatura correta.

domingo, 19 de maio de 2013

Doce de Leite da Iracema

Esse doce é dos céus!!!! uma delícia de tão delicado... pra variar, também não posso comer, mas vale a pena! Como todo doce antigo, tem várias "dicas", que a gente só consegue ir arrancando aos poucos de quem detém a receita secreta, mas juro que estou contando todos os detalhes! Siga a risca e vai ficar perfeito!

Ingredientes
- 1 xícara de chá (de mãe, bem cheia) de leite de "saquinho", tipo B ou C (não pode ser de caixinha longa vida)
- 1/2 xícara (de madrasta, mal cheia) de açúcar

Preparo
Utilize uma panela de alumínio de fundo bem grosso ou a panela de pressão (só a panela, sem tampa, sem pressão)
Misture bem os dois ingredientes e só então leve ao fogo forte, mexendo até desfazer os grãos de açúcar. Diminua o fogo para o mínimo e coloque um pires "emborcado" no fundo da panela. É esse pires que vai evitar que o doce "suba" e derrame.
Quando começar a formar "bolhas grossas", retire o pires e daí, tem que mexer até dar o ponto... ah! o ponto! Quando o doce parar de "subir" é o ponto!